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    sexta-feira, 21 de agosto de 2009

    RAUL SEIXAS

    Tente Outra Vez

    Raul Seixas

    Composição: Raul Seixas / Marcelo Motta / Paulo Coelho

    Veja!
    Não diga que a canção
    Está perdida
    Tenha em fé em Deus
    Tenha fé na vida
    Tente outra vez!...

    Beba! (Beba!)
    Pois a água viva
    Ainda tá na fonte
    (Tente outra vez!)
    Você tem dois pés
    Para cruzar a ponte
    Nada acabou!
    Não! Não! Não!...

    Oh! Oh! Oh! Oh!
    Tente!
    Levante sua mão sedenta
    E recomece a andar
    Não pense
    Que a cabeça agüenta
    Se você parar
    Não! Não! Não!
    Não! Não! Não!...

    Há uma voz que canta
    Uma voz que dança
    Uma voz que gira
    (Gira!)
    Bailando no ar
    Uh! Uh! Uh!...

    Queira! (Queira!)
    Basta ser sincero
    E desejar profundo
    Você será capaz
    De sacudir o mundo
    Vai!
    Tente outra vez!
    Humrum!...

    Tente! (Tente!)
    E não diga
    Que a vitória está perdida
    Se é de batalhas
    Que se vive a vida
    Han!
    Tente outra vez!...

    sexta-feira, 14 de agosto de 2009

    RELÓGIOS E BEIJOS - ALVARES DE AZEVEDO

    Quem os relógios inventou? Decerto
    Algum homem sombrio e friorento:
    Numa noite de inverno, tristemente
    Sentado na lareira ele cismava,
    Ouvindo os ratos a roer na alcova
    E o palpitar monótono do pulso.

    Quem o beijo inventou? Foi lábio ardente,
    Foi boca venturosa, que vivia
    Sem um cuidado mais que dar beijinhos...
    Era no mês de maio. As flores cândidas
    A mil abriam sobre a terra verde,
    O sol brilhou mais vivo em céu d'esmalte
    E cantaram mais doce os passarinhos.

    sábado, 1 de agosto de 2009

    "yo soñé esta mañana que me moría"


    SORRY FERNANDA...

    Mudar em educação, por Marcos Rolim


    Falta de educação e coragem os problemas do Brasil são. Todos os indicadores disponíveis demonstram que a situação do ensino público, especialmente, é calamitosa. Pesquisa divulgada esta semana (Saresp) encontrou que 49,8% dos alunos de São Paulo que concluem o segundo grau não possuem a menor ideia do que seja ciência. Observe-se que este contingente já representa uma minoria, pois a maior parte abandonou a escola antes. Outra avaliação, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), já havia situado nosso país no 52º lugar em uma lista de 57 nações quanto aos conhecimentos das disciplinas científicas. O problema possui várias causas como a falta de laboratórios e a precariedade das próprias escolas, mas salta aos olhos a desqualificação dos professores: segundo dados da Capes, apenas 8% dos professores de física e 12% dos de química no Brasil são formados na área.

    Nas demais áreas, a situação não é distinta. Nossos alunos estão entrando nas universidades sem saber escrever uma frase direito e poucos são capazes de citar um livro importante que tenham lido na vida. Todos os semestres, distribuo aos meus alunos no IPA – no primeiro dia de aula – uma lista com dezenas de fotos de pessoas importantes nas áreas da filosofia, da literatura, da música, das artes plásticas, das ciências sociais etc. No meio delas, coloco algumas fotos de “celebridades” – este tipo de gente que frequenta as piores páginas de nossa imprensa pela exata razão de serem “celebridades”. Os alunos não conseguem identificar Gandhi, Martin Luther King, Mandela, Picasso, Dali, Marx, Freud, Darwin, Einstein, Neruda, Carlos Drummond, entre outros tantos. Mas identificam Paris Hilton, o último ganhador do Big Brother e Bussunda. Há algo de assustador nisso. Você comenta sobre um clássico do cinema, ninguém viu; cita uma passagem histórica, ninguém sabe do que se trata; faz referência a um dramaturgo e te perguntam o que é um dramaturgo; pede que os alunos discorram sobre um tema e alguém pergunta o que é “discorrer”. Se imaginou que o acesso à internet pudesse melhorar o nível cultural dos jovens.

    Poderia, mas o que ocorre é que eles não possuem os critérios básicos para separar o que devem acessar. Falta à grande maioria deles precisamente o início, o conceito.

    Adoro dar aulas e tenho a sorte de trabalhar em uma instituição vocacionada pelos direitos humanos que se colocou o desafio de uma educação inclusiva. Nossas universidades, com todos os seus limites, se aperfeiçoam e oferecem uma contribuição extraordinária. O problema da educação brasileira está situado bem antes. Não está no vestibular ou no Enem, está na qualidade do ensino oferecido às crianças e adolescentes da rede pública. Ou investimos pra valer nisto, ou seguiremos condenados ao obscurantismo. Os políticos que temos, os sindicatos, a polícia, a imprensa e as injustiças que temos, tudo começa ou termina na educação. É isso que governo, Cpers e Assembleia Legislativa deveriam ter a coragem de discutir neste momento; o resto é conversa. Precisamos de excelentes educadores. Isto envolve revirar o financiamento da educação brasileira para deslocar a maior parte dos recursos para o Ensino Fundamental. Para que se remunere muito bem o magistério, para que os professores se qualifiquem, para que sejam avaliados e exigidos e para que se premie o mérito, como se espera em uma República.

    marcos@rolim.com.br

    1984 - ORWELL

    ANGELI

    1984

    FAHREINHEIT 451